terça-feira, abril 21, 2009

Cinema 3D

Aqui em Curitiba, no último ano, foi inaugurado o cinema em três dimensões. Para tal, os telespectadores devem usar um óculos especial (que não é aquele com uma "lente" azul e outra vermelha) cedido pela rede Cinemark e devolvido ao término da sessão. E paga-se ainda mais por essa comodidade - como se já fosse barato ir ao cinema comum!

Aliado a isso, tem-se o mesmo cinema sempre imundo de pipocas pelos corredores, escadas e assentos, bebedouros que não funcionam ou não gelam a água (será que filtram?), preços ultra-abusivos dos "comes e bebes", temperaturas aleatórias do ar-condicionado e ausência de iluminação adequada para uma saída da sala sem tropeços.

Eu mesmo já reclamei de tudo isso (por email e pessoalmente, atráves do canal de opinião e sugestões) no mesmo dia em que o projetor da sala 3D parou de funcionar aos 20 minutos de filme, e o dinheiro das entradas foi devolvido - mas não o do estacionamento. Nada mudou.

Mas, catarse feita, volto ao título do texto. E, embora já tenha falado das três dimensões propositalmente projetadas para assim serem, vim falar de outra maneira de se assistir em 3D um filme: sendo um cadeirante. Como assim?

Da próxima vez que for ao cinema, note o espaço reservado para os portadores de necessidades especiais, os cadeirantes especificamente. Localiza-se na primeira fila de assentos, no mesmo nível onde termina a rampa de acesso à sala. Situou-se? Agora imagina a agradável sensação de ser esse o único local disponível para você poder ver um filme numa sala de cinema.

Além das já existentes limitações físicas, os cadeirantes têm que se conformar com tal fato excludente, provavelmente levando de brinde ainda um belo torcicolo e, naquela distância para a tela, uma visão única em 3D!
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3 comentários:

  1. Vou reclamar tambem, estou contigo, de acordo com tudo que voce escreveu.....Uma vergonha!!!Paga-se caro e nao se tem nenhuma vantagem em relaçao aos outros cines que tem preços mais populares.....

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  2. Pelas inúmeras conversas que tivemos sobre este assunto, você sabe que concordo contigo quanto aos preços abusivos cobrados pelos serviços mal executados e pela infraestrutura mal conservada. Não há o que discutir. Quanto a questão dos PNE'S (lembra?), vou te dar duas explicações, uma baseada em minha bagagem arquitetônica e outra bem mais irônica.

    Começarei pelas rampas e pela visão da arquitetura. Rampas são impraticáveis em uma sala de cinema. Te explico: As rampas, para atenderem aos portadores de necessidades especiais, precisam ter uma inclinação igual ou menor a 8%. Para você ter uma idéia, para alcançar 1m de altura, a rampa deverá ter, por lei, 12.5m de comprimento. Já deu pra entender, né?

    Mas é claro que existem outras saídas, como os elevadores hidráulicos que vemos nas estações tubo. Aí que vem a questão custo/benefício para os administradores, já que é um dinheiro a menos no bolso deles. E para que? Afinal de contas, já está de bom tamanho os cadeirantes terem um espaço só para eles.

    Triste foi o dia em que o capitalismo comprou o verbo humanar e agora faz o que bem entender com ele.

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  3. Mlk, ainda naum fui.. afinal $24 pila é bastante dinheiro pra um filme.. aliás, seriam $50 no meu caso.. ou o de qquer um q tenha casal..
    Qto tá saindo o filme 3D aí? Aqui acabou de estrear, deve ser por isso.. pelamordedeus!!!

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Vai ficar por baixo? Cutucaê!