quarta-feira, setembro 26, 2012

segunda-feira, setembro 03, 2012

Diversificação ou Concentração de Negócios?

Texto baseado no artigo "Diversificação de mercados enfrenta dois séculos de dúvida" publicado em 21/05/12 na Revista Exame
-

Pensando no mercado agrícola, por exemplo, um produtor consegue melhor rendimento do solo e maior rentabilidade e posicionamento mercadológico se segue a prática da policultura em substituição à monocultura. Tal fato deve-se à diferentes espécies de produtos terem diferentes características de produção e destinarem-se a diferentes públicos consumidores.

Desta forma, diversificar é uma estratégia inteligente para superar intempéries ao longo do tempo. Como dito no texto, empresas que produzem apenas um tipo de mercadoria final estão mais suscetíveis a um (eventual) declínio, pois sabemos que as condições nem sempre estarão favoráveis e, assim, a variedade traz a possibilidade de mais recursos para que se tenha mais ferramentas e opções de rentabilidade e investimento.

Penso ser mais viável empresas focarem num determinado segmento, mas, dentro dele, abrirem seu leque produtivo, fazendo com que as diferentes vertentes deste mesmo segmento sejam atendidos por ela. À ver o exemplo da Sony, que fabrica eletrônicos dos mais variados, mas ainda assim todos eletrônicos. No entanto, sabemos que existem também empresas de sucesso com uma diversificação bem maior, como a Yamaha, que fabrica desde motos e motores até equipamentos musicais.

Não afirmo que a concentração não construa empresas igualmente bem sucedidas. Pode ser um caminho interessante, principalmente no começo, mas que torna-se mais arriscado ao longo do tempo pela pequena flexibilidade da produção - sempre dependente de fatores externos.

sábado, setembro 01, 2012

É o fim do reino dos PCs?

Texto baseado no artigo "É o fim do Reino dos PCs" publicado em 16/06/12 na Revista Exame
-

Apesar da ameaça sentida pelos fabricantes de PCs, não acredito que as tablets substituirão por completo os desktops, que terão seu uso voltado a fins mais específicos.

A produção e consumo das tablets vêm crescendo principalmente pela facilidade de uso do equipamento. Pessoas sem muita experiência ou domínio prévio conseguem facilmente se adequar ao novo equipamento, que não tem a pretensão de ser utilizado de maneira tão aprofundada. A tablet, diferente do PC, foi criada, basicamente, para atender às atividades cotidianas e para o entretenimento, tais como checar e enviar email, banco online, chat, comunicação, joguinhos, fotos, vídeos, uploads e - a grande sacada - uso de apps (aplicativos).

O boom da tablet deve-se a mobilidade com preço mais acessível que dos notebooks (mesmo não sendo barata ainda) e pela grandiosa quantidade de aplicativos gratuitos (ou de baixo valor) disponível nas lojas virtuais de seus fabricantes. Tal realidade não se faz presente (ou não era explorada) no mundo dos grandes e robustos PCs. Nele, os programas e jogos costumam ser (bem) pagos, com exceção de aplicativos e programas mais simples para tarefas rotineiras (os freewares).

As tablets lançaram-se com a proposta de ofertarem muitos aplicativos, que muitas vezes não tem, de fato, uma utilidade real, mas que visam simplesmente a diversão ou interação. Criou-se uma necessidade para tal nicho, fato que não existia nos PCS.

Os fabricantes de PCs terão de focar cada vez mais na fórmula do sucesso descoberta pelas tablets: um sistema intuitivo, com maior gama de programas gratuitos e serviços integrados com a vida online - o grande filão do momento e do futuro. Sem esquecerem da diversão!

Os desktops e potentes laptops ficarão restritos a grupos que precisam de grande processamento e de hardware pesado para edição de fotos de grande resolução, vídeos em alta definição, computação gráfica (como aplicações 3d) e para os ávidos jogadores - que estão sempre diante de jogos, cada vez mais, exigentes. Para essa parcela de usuários, os computadores de mesa (seja PC ou MAC) serão imprescindíveis por muito tempo ainda por sua composição interna parruda, tamanho de tela, teclado físico, mouse e tudo aquilo que facilite sua vida e/ou ambiente profissional.

É para este filão que a indústria e fabricantes de PCs deve se voltar.