segunda-feira, outubro 07, 2013

"Done is better than perfect"

Rio de Janeiro/RJ

Há cerca de 1 ano eu tomava uma importante decisão na minha vida: realizar o sonho de voltar pra minha terra, a minha caótica terra natal. Deixar o conforto de morar com os pais, de ter tudo na mão, de ser parte da zona de conforto. Findaram-se 11 anos felizes e gelados em Curitiba.

Sim, já passou 1 ano desde que voltei a ser carioca. Voou! Muitos realizaram e participaram disso, outros não. Há 1 ano voltei a ser vizinho do mar e a ter o calor na minha vida. Calor humano, calor de verão, calor de termômetro. O calor dos desafios - desafios que me imponho diariamente. E foi uma decisão muito acertada.

Hoje vejo, mais que nunca, que o desconforto gera mudança, e adaptação. Correr atrás sempre, como sempre fiz. Reatar laços, buscar novos amigos e também os antigos. Achar as oportunidades e tomar cuidado com as rasteiras, que não são poucas em qualquer lugar e área. Mas que não me assustam.

Troquei a saudade da família pela, agora, saudade dos pais. Mas passei a ter 2 casas. 2 porto-seguros. E vai ser sempre assim. Onde estivermos, nunca estaremos completos, sempre haverá a saudade. Seja dos amigos, dos parentes ou dos momentos. O bom é lembrar com carinho de cada um deles e fazer com que estejam vivos dentro de nós, e que sempre os (re)visitemos quando possível. Seja pessoal ou mentalmente.

"Cresça, independente do que aconteça", é uma frase que tenho levado comigo. O tempo não para de passar, e muito rápido. E ele é um só, independente do fuso. Procuro, cada vez mais, "gastá-lo" com quem e com o que me traga menos estresse, desgaste, e me dê mais prazer e satisfação. Trazer para mim só o que há de bom por aí. Coisas boas só atraem coisas melhores.

Sei que esse 1 ano é só o começo de uma série de mudanças que virão e que já estão acontecendo. É fase de reconciliação, transformação e projeção. Origem e objetivo. Para ir para frente temos que ter sempre um olho no que já passou e o outro aonde queremos chegar. E quero chegar longe, seja a pé, de rodinhas, rodões ou voando - mas sem pressa! Muitas vezes o caminho é muito mais interessante que o destino.

Meu obrigado a cada um que se faz presente nessa caminhada.

segunda-feira, agosto 12, 2013

4000 km depois..


Mais de 4000 mil kms depois, muita coisa vem à cabeça. Muita coisa passou pela cabeça, e pelos olhos. Muitas estradas, muitos visuais, muitos horizontes, muita alegria, muita história e muito boa companhia.

Foram 19 dias em duas rodas. Mas rodando em estradas, efetivamente, foram apenas 5 dias longos - o que daria uma média de mais de 800 km/dia! O restante foram tiros curtos ou deslocamentos dentro das cidades. Eu, Dino e La Maquina cruzamos 5 estados (RJ, MG, GO, SP, PR) e o Distrito Federal.

2 grandes eventos aconteceram nesse meio tempo: o 10º Motocapital (DF) - o motivo da empreitada, e o maior da América Latina - e o 14º Paranaguá Motos (PR). Sem contar, claro, o aniversário da minha querida e estimada mãe, Fatima!

Ontem, findou-se a última parte: 800 kms, de Curitiba ao Rio, numa viagem solo de 12h. A moto não pestanejou em momento algum e me trouxe em segurança ao lar novamente, com muito orgulho e braveza. São Guidão e a Padroeira acompanharam nossos corações o tempo todo lá de cima. 

Vimos estradas ruins, buracos negros nos asfaltos, pedágios abusivos, radares inacreditáveis (em quantidade e em velocidade máxima), kms e mais kms sem uma viva alma ou 1 posto de combustível, protestos, acidentes (até morte!), obras, engarrafamentos homéricos, motoristas abusados e inconsequentes.

Mas vimos e sentimos tb solidariedade, sorte, coragem, habilidade, disposição, amizade, companheirismo, espírito aventureiro, bom-humor, carinho, paciência e presteza. E, claro, muita diversão.

Agora, chego à terra natal de alma lavada e sentindo que vale a pena explorar meu país, mesmo com tantos problemas que vimos pelo caminho. Vale a companhia dos amigos, o caminho que percorremos com eles, as ajudas que recebemos e os auxílios que prestamos.

Não sou mais o mesmo, e estou feliz da vida. Uma noite de sono e comecei a rotina novamente, mas sem lembrar do frio que passei e das dores que senti. Lembro só do calor, do vento na cara e das infinitas retas. Cavalo que corre por gosto, não cansa.

segunda-feira, janeiro 28, 2013

Bem pra quem?

E as pessoas continuam divulgando e prestigiando trabalhos voluntários, seja para Copa, Olimpíadas, Copa das Confederações, Rio+20, etc.

Isso é a coisa mais ridícula que eu já vi. Voluntários se submetendo à testes de seleção, e concorrendo por 1 vaga, na esperança de trabalhar de graça. Tem que ter bom currículo, experiência e trabalhar duro, em atividades milionárias onde dinheiro não falta pra nada; onde há disputa de patrocinadores.

Enquanto isso os políticos, governantes e grandes organizadores ganham salários gordos, "ajuda-isso", "auxílio-aquilo", reajustam suas próprias remunerações e trabalham muito pouco. Não os vejo fazendo caridade pra nada nem movendo uma palha gratuitamente pra ninguém.

Mas ser voluntário é legal, é "cool", é 3º setor, é experiência, é estar na moda, é seguir tendência, é filantropia, é fazer o bem... né? Bem pra quem?

Ser voluntário (nesses casos) é ser explorado. É se subvalorizar. É dar mais dinheiro à quem não precisa. É compactuar com o sistema. É inversão de valores. É trabalhar por comida. É trabalhar pesado enquanto quem te "contratou" está vendo o jogo no ar-condicionado, e ganhando pra isso certamente. 

Quer ser voluntário? Vá pra África, vá participar de causas humanitárias, vá ajudar vítimas de enchentes ou terremotos. Eles precisam, e muito, do seu suor. Esse sim será gratificante, e não terá preço.

quinta-feira, janeiro 03, 2013

Jardim Botânico da capital fluminen$e

Conhecer um lugar novo na sua própria cidade é sempre uma experiência agradável e surpreendente. Ainda mais começando o ano. Depois de quase 30 anos fui ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, um lugar lindo e enorme, no meio da cidade. Agora só uma coisa não fez sentido: ser pago.

Tiro o chapéu para Curitiba nesse aspecto, uma cidade rica em parques e todos gratuitos. Curitiba, por sua vez, poderia vir à capital fluminense aprender, de fato, o que é um Jardim Botânico. Não temos um grande palácio de vidro iluminado, nem quadras de tênis com velódromo, mas temos palmeiras imperiais, orquidário, bromeliário, estufas, gramados, cascatas, pontes, aqueduto, córregos, lagos, macacos, aves, trilha, caverna, árvores imensas e diversas espécies da Mata Atlântica.

Mas, de toda forma, cobrar entrada (e estacionamento) foi ridículo. Deveriam se espelhar nos grandes jardins de Viena - que também me vieram à cabeça nesta visita. Mas aí acho que seria pedir muito. Se espelhar na limpeza da versão curitibana já seria um grande começo.

Infos: Entrada R$6,00. Estacionamento R$7,00 (carro) e R$5,00 (moto).