quinta-feira, abril 30, 2009

Rapidinha da semana

Que tanto os âncoras dos telejornais anotam, riscam e rabiscam nas folhas de suas bancadas nos últimos segundos que antecedem o primeiro "boa noite"?

Acho que deve ter alguma coisa a ver com as risadinhas finais e aquela conversa mole que ficam tendo depois do segundo e último "boa noite", enquanto sobem os créditos..
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terça-feira, abril 28, 2009

Ao ataque, exterminar!

Tem coisa mais desagradável na hora do almoço, em plena refeição, do que ligar a tv e dar de cara com anúncios de inseticida e suas baratas transeuntes?

Já devem estar pensando que sou fresco ou qualquer coisa assim. Não me considero, não mesmo. Não sou, bem na real. Quem me conhece, com certeza sabe. Como de tudo, vejo de tudo, penso de tudo. Mas baratas e alimentos não combinam. Questão de bom-senso. São universos distintos e que não devem andar juntos, literalmente. Ainda mais com o atual realismo na recriação das baratas digitais.. os 3ds estão impressionantes!

Sou bem a favor da intervenções do Estado na regulamentação de certas publicidades, assim como já fizeram com o cigarro e fazem com a cerveja. Anúncios da categoria "desagradável" deveriam ser proibidos em faixas de horário como 7-9h, 12-14h, 18-20h. Questão de respeito aos principais momentos do cidadão brasileiro à mesa.

Quanto ao Jornal Nacional, bem, melhor ficar quieto..
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domingo, abril 26, 2009

Wanna ride?

Motivado pela sede de bons vídeos para meu outro blog, o EuTinhaOuvisto, aproveito o momento para compartilhar com os leitores essa compilação de drops de visuais inspiradores! Trata-se de mais uma produção da Original Skateboards, para o excelente dvd Evolutions 4 da Concrete Wave (recomendo o download - é preciso autenticar-se).

Esse vídeo é, sem dúvida, um dos mais belos e ecléticos que já vi até hoje. As paisagens e fotografias alucinantes impressionam até os menos adeptos à prática do longboard (que não sabem o que estão perdendo! =). E se você já anda, depois de assistir, pegue o seu e vá para rua, porque hoje é domingo!

- Vídeo disponível em HQ (alta qualidade)



Quem preferir garantir uma cópia (dvdrip em mp4 480 x 288 px) para ver desconectado, na hora que bem entender, é só PEGAR! E, se quiser, é só arrastar pro iPod também e ver na volta do rolé.. 
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quinta-feira, abril 23, 2009

Cotidiano

Por que "já" é agora e "já já" é daqui a pouco?

Porque existem os "bancos 30hs", claro. Só que, com as 24hs do meu dia, acho que não tive tempo de desvendar esses mistérios que o português e a publicidade criam..
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quarta-feira, abril 22, 2009

Passatempo Virolândia

Você se considera viciado em YouTube? Pensa conhecer os vídeos mais famosos, polêmicos e engraçados da web? Costuma receber e enviar pérolas por email? Então você está desafiado a provar seus conhecimentos "internéticos"!

Entre no Virolândia e mostre com orgulho que você é o mestre da cultura inútil virtual contemporânea!

Só não esqueça de voltar aqui depois e dizer quantos vídeos você conseguiu reconhecer.. Eu parei na humilde casa da meia dúzia. Confesso, esperava mais. Por isso, socializemos!


- Contribuição de Bê Guelmann
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terça-feira, abril 21, 2009

Cinema 3D

Aqui em Curitiba, no último ano, foi inaugurado o cinema em três dimensões. Para tal, os telespectadores devem usar um óculos especial (que não é aquele com uma "lente" azul e outra vermelha) cedido pela rede Cinemark e devolvido ao término da sessão. E paga-se ainda mais por essa comodidade - como se já fosse barato ir ao cinema comum!

Aliado a isso, tem-se o mesmo cinema sempre imundo de pipocas pelos corredores, escadas e assentos, bebedouros que não funcionam ou não gelam a água (será que filtram?), preços ultra-abusivos dos "comes e bebes", temperaturas aleatórias do ar-condicionado e ausência de iluminação adequada para uma saída da sala sem tropeços.

Eu mesmo já reclamei de tudo isso (por email e pessoalmente, atráves do canal de opinião e sugestões) no mesmo dia em que o projetor da sala 3D parou de funcionar aos 20 minutos de filme, e o dinheiro das entradas foi devolvido - mas não o do estacionamento. Nada mudou.

Mas, catarse feita, volto ao título do texto. E, embora já tenha falado das três dimensões propositalmente projetadas para assim serem, vim falar de outra maneira de se assistir em 3D um filme: sendo um cadeirante. Como assim?

Da próxima vez que for ao cinema, note o espaço reservado para os portadores de necessidades especiais, os cadeirantes especificamente. Localiza-se na primeira fila de assentos, no mesmo nível onde termina a rampa de acesso à sala. Situou-se? Agora imagina a agradável sensação de ser esse o único local disponível para você poder ver um filme numa sala de cinema.

Além das já existentes limitações físicas, os cadeirantes têm que se conformar com tal fato excludente, provavelmente levando de brinde ainda um belo torcicolo e, naquela distância para a tela, uma visão única em 3D!
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segunda-feira, abril 20, 2009

Rapidinha da semana

Já falei de pombos aqui uma vez. Dessa vez falarei de outro voador impertinente, mas bem menor. São as "mosquinhas de banheiro"! Ou mosquitos, não sei.

O fato é: eles são pequenos, lesados (lentos), cinzas e geralmente ficam pousados. A pergunta é, da onde eles saem? E por que sempre em banheiros?? Acho que nascem dos rejuntes de azulejo, só pode. E qual a função dessa coisa? Porque nem sangue eles sugam.. se alimentam de cerâmica?

Eu faço sempre a minha parte, mato.
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sábado, abril 18, 2009

Eu Tinha Ouvisto

Caros amigos e leitores, atravessemos as fronteiras! Ouçamos as imagens mais fantásticas já produzidas em forma de videoclipe.

Essa é a proposta do EuTinhaOuvisto, meu novo blog em parceria com Bruno Bonaldi, do Urso Esquisito. A cada semana, uma dezena de clipes seletos para você conhecer o que há de mais bonito, original, trabalhoso, artístico e fotográfico no cenário visomúsical.

Convidamos você a ser nosso ouvispectador e a conhecer mais daquilo que julgamos ser muito mais do que um simples clipe de música! Deixe seus comentários, suas avaliações e suas recomendações para essa que será uma grande galeria de referências visuais.
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sexta-feira, abril 17, 2009

Re"criação"..

..ou pura cópia rápida e preguiçosa?

A matriz é uma só, o resto é "máscara"! Veja esse vídeo comparativo dos grandes clássicos da Walt Disney e entenda o que digo.



Créditos
"Ressemblance dans les Films Disney" (Semelhança nos Filmes Disney)
Retirado de http://www.collegehumor.com/video:1906578
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quinta-feira, abril 16, 2009

Eu quero ser talentoso. Como faz?

Reze (já antes de nascer) e ganhe sua benção, trabalhe duro ou tenha muita sorte. E, na "pior" das hipóteses, tente contar com os três!



Créditos
"Talent = 10,000 Hours + Luck" (Talento = 10.000 Horas + Sorte)
Escrito, interpretado, editado e mixado por Kirby Ferguson
Ilustração e animação por Billy Reid
Música por Windom Earle
Retirado de http://www.goodiebag.tv/episodes/15_talent.htm
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Rapidinha da semana

Qual a diferença entre Paulo Ricardo e Jon Bon Jovi?
Um é anualmente lembrado no trashshow Big Brother Brasil e o outro é loiro.

E a semelhança?
Além do fato de ambos morarem na geladeira, eles não cantam: gemem.
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sexta-feira, abril 03, 2009

Aproveitando esse momento de reencontro..

Convido todos vocês, antigos e novos leitores, à visitarem o culpado de todo esse sumiço: meu novo e atualizadíssimo portfólio virtual de fotografia, no flickr. Segue então o endereço dos meus coloridos e multi geográficos cliques: flickr.com/cidmonteiro (se preferirem, acessem-no também pelas fotos na coluna ao lado ou no rodapé do CouL).

E para começar a reparar toda essa minha ausência, disponibilizo aqui, hoje, um trabalho acadêmico desenvolvido por mim em 2005. Trata-se de um estudo feito para a disciplina Análise da Música na Mídia, do curso de música da UFPR, a partir da famosa "O Tempo Não Pára", do iluminado e saudoso Cazuza.

- Caso queira disponibilizá-lo em algum outro local, ou até mesmo num outro trabalho acadêmico, apenas me comunique (e mantenha o meu crédito original). Será um prazer!

Espero que apreciem!
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Análise da música O Tempo Não Pára, de Cazuza (1989), por Cid Monteiro


A marcante canção O Tempo Não Pára, de mesmo nome do álbum, foi lançada em 1989 num disco ao vivo, acompanhada por outros sucessos como Vida Louca Vida. A letra desta música remete diretamente à fase crítica pela qual Cazuza vinha atravessando naquele momento: a entrada do vírus HIV em sua vida, que alterou, definitivamente, todo o seu curso.

A AIDS, que já vinha sendo retratada desde o álbum anterior com a música Ideologia – em que Cazuza mostra-se atordoado com sua situação e exprime sua angústia por não estar encontrando-se em sua própria vida, sentindo-se inerte frente à sua condição doentia – assume, agora, o papel de protagonista, sendo abordada de maneira explícita na canção tema do álbum.

Nesta música, Cazuza mostra-se frágil e vulnerável, pois o vírus HIV já se encontra num avançado estágio, fragilizando muito o cantor, física e mentalmente. Toda a letra mostra sua vontade de viver, indo contra o relógio, correndo contra o tempo, numa sede inesgotável de escapar de um beco que cada vez afunilava mais. A música demonstra claramente o cansaço do cantor em batalhar de frente com sua maior vilã: a AIDS. Embora tenha sido enfrentada corajosamente por ele, já era mais presente que qualquer outro fato, e o cantor começava a aceitar, de vez, seu estágio terminal e extremamente frágil.

Desde a primeira estrofe, quando diz “Disparo contra o sol”, já demonstra sua falta de esperança em melhorar, pois o sol, de forma figurada, já não permite mais que ele enxergue o que está fazendo. Está num momento turvo, ofuscado, em que abrir os olhos é uma tarefa árdua. As ações – os tiros – já são desleixadas, contra um astro maior, considerado invencível. Mas isso já não importa mais também, pois a “metralhadora cheia de mágoas” precisa ser descarregada em alguém, mesmo que aleatoriamente, sem precisão ou mira, pois não há como guardar mais tanta dor e sofrimento para si mesmo.

Cazuza já está “Cansado de correr na direção contrária, sem pódio de chegada ou beijo de namorada”. Nada do que faz é recompensado. Sua doença não tem cura. Mesmo que, com muita garra e determinação, batalhe para superá-la, não há como. Logo, não há compensação alguma ao final de toda sua caminhada contra o vírus letal.

Mesmo assim, o grande compositor assume para si mesmo, e para todo seu público, que ainda está ali, de pé, vivo e disposto, ao dizer: “se você achar que eu estou derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados”. Isso demonstra sua vontade, quase que infindável, de batalhar pelo seu maior bem, que é sua vida. Sua esperança não tem fim, e declara aí, que o jogo ainda está em curso, e que não há por que se dar por vencido.

Em meio a tudo isso, seu segundo maior inimigo (e maior aliado da doença), o Tempo, não pára. Por mais que queira freá-lo, segura-lo, agarrá-lo de todas as maneiras, ele continua a passar. Cazuza vai fazendo o que pode para ir “sobrevivendo sem nenhum arranhão”, afinal, neste momento, era preciso uma super-proteção desse indivíduo. Um encapsulamento do doente, uma barreira capaz de isolá-lo de tudo e de todos, para que fosse intocável, impossibilitando que qualquer dano fosse feito a ele, pois um mero arranhão já seria muito naquele momento.

Desta forma, Cazuza observa a grande mediocridade daqueles que o cercam – mas que, muitas vezes, desejavam estar bem distantes – quando fala que recebe caridade de quem o detesta. Falta verdade, falta honestidade. A ajuda não vem de quem quer ajudar, mas de quem, simplesmente, quer se ver longe do grande problema, do monstro chamado AIDS. As ações das pessoas não condizem com suas atitudes. A “piscina está cheia de ratos, suas ideias não correspondem aos fatos”. Pessoas medíocres que têm isso ou aquilo não porque, de fato, desejam possuir tais bens, mas sim porque o contexto social lhes obriga a serem ou a terem determinadas coisas que, no fundo, para elas não tem a menor importância. Na verdade, encontram-se abandonadas, largadas às traças e aos seus companheiros, os ratos.

O futuro parece não existir, ele nunca chega. Parece que a ciência, a medicina e a cultura das mentes superficiais, aliás, tudo a sua volta, não evolui. Nada vai para frente. Está tudo estático. Ele observa “o futuro repetir o passado”, seu museu está com grandes novidades: as mesmas de sempre. É nessa eterna contradição que Cazuza vive, dia após dia. O Tempo se arrasta, e já não há mais “data pra comemorar”. Tudo se torna sem importância perto do problema que ele está enfrentando e sentindo na pele.

A sua imensa angústia pela espera do surgimento da cura é explicitada claramente quando diz que passa seus dias “procurando agulha no palheiro”. Tudo já se torna incômodo, difícil e desafiador. Até o clima, o frio, o calor, já são impasses em sua vida. Hora tudo é muito gelado, solitário. Hora tudo é febril, quente, inquieto. O equilíbrio, o meio termo, já não existe mais. Agora é questão de sobrevivência, de “matar ou morrer”. Condição que, todos os dias, milhares de brasileiros enfrentam para ter seu ganha-pão.

Nessa selvageria não há leis. Não há piedade. A ambição, o egoísmo, a individualidade fala mais alto. A superficialidade já é geral. Em meio a tanta agressão, discriminação, medo e raiva, se lucrar é só o que importa, nessa porcaria de vida, que transformem logo o “país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro”.
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Mp3 da vez: Cazuza - O Tempo Não Pára
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quinta-feira, abril 02, 2009

É brincadeira!

Só para não deixar a tradicional brincadeira do 1º de abril terminar..

Passado o Natal, o Ano Novo, o meu aniversário (ninguém sequer me deu um "parabénszinho" por aqui), o Dia do Publicitário, o Carnaval, o Dia Internacional das Mulheres, o Verão ("Aaah o Verão!"), o próprio Dia da Mentira, e às vésperas da Sexta-Feira da Paixão, da Páscoa e do término da Quaresma, venho aqui digitar um qualquer, iniciando os processos de 2009.

Sei que há grandes chances de muitos dos meus leitores terem cansado e debandado. Não os culpo, afinal, simplesmente saí de fininho para "férias" prolongadas por 3 meses e sequer me despedi ou prestei satisfações.

Mas sempre penso que nunca é tarde para (re)começar. Cá estou!
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Mp3 da vez: Manu Chao - Mentira
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