sábado, setembro 01, 2012

É o fim do reino dos PCs?

Texto baseado no artigo "É o fim do Reino dos PCs" publicado em 16/06/12 na Revista Exame
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Apesar da ameaça sentida pelos fabricantes de PCs, não acredito que as tablets substituirão por completo os desktops, que terão seu uso voltado a fins mais específicos.

A produção e consumo das tablets vêm crescendo principalmente pela facilidade de uso do equipamento. Pessoas sem muita experiência ou domínio prévio conseguem facilmente se adequar ao novo equipamento, que não tem a pretensão de ser utilizado de maneira tão aprofundada. A tablet, diferente do PC, foi criada, basicamente, para atender às atividades cotidianas e para o entretenimento, tais como checar e enviar email, banco online, chat, comunicação, joguinhos, fotos, vídeos, uploads e - a grande sacada - uso de apps (aplicativos).

O boom da tablet deve-se a mobilidade com preço mais acessível que dos notebooks (mesmo não sendo barata ainda) e pela grandiosa quantidade de aplicativos gratuitos (ou de baixo valor) disponível nas lojas virtuais de seus fabricantes. Tal realidade não se faz presente (ou não era explorada) no mundo dos grandes e robustos PCs. Nele, os programas e jogos costumam ser (bem) pagos, com exceção de aplicativos e programas mais simples para tarefas rotineiras (os freewares).

As tablets lançaram-se com a proposta de ofertarem muitos aplicativos, que muitas vezes não tem, de fato, uma utilidade real, mas que visam simplesmente a diversão ou interação. Criou-se uma necessidade para tal nicho, fato que não existia nos PCS.

Os fabricantes de PCs terão de focar cada vez mais na fórmula do sucesso descoberta pelas tablets: um sistema intuitivo, com maior gama de programas gratuitos e serviços integrados com a vida online - o grande filão do momento e do futuro. Sem esquecerem da diversão!

Os desktops e potentes laptops ficarão restritos a grupos que precisam de grande processamento e de hardware pesado para edição de fotos de grande resolução, vídeos em alta definição, computação gráfica (como aplicações 3d) e para os ávidos jogadores - que estão sempre diante de jogos, cada vez mais, exigentes. Para essa parcela de usuários, os computadores de mesa (seja PC ou MAC) serão imprescindíveis por muito tempo ainda por sua composição interna parruda, tamanho de tela, teclado físico, mouse e tudo aquilo que facilite sua vida e/ou ambiente profissional.

É para este filão que a indústria e fabricantes de PCs deve se voltar.

Um comentário:

  1. Complementando:
    "Um estudo divulgado pela empresa de pesquisa IHS iSuppli mostrou que apenas 49% de todos os chips de memória DRAM vendidos no mundo foram usados em PCs no segundo trimestre do ano. Os outros 51% foram usados em tablets e smartphones. A previsão é de que até o final de 2013 o mercado de PCs demande por apenas 42,8% da produção mundial de chips de memória DRAM, com o resto dividido entre smartphones, tablets e outros dispositivos."

    FONTE: http://goo.gl/7ps2E

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