Aventura, esta é a categoria dada ao filme do garotinho veloz. E eu diria que geralmente esse é um termo bem genérico ao se classificar um filme. Mas, ao falar de Speed Racer, nada mais sensato. São mais de duas horas que passam voando em frente à tela com uma boa dose de ação.
O enredo surge da mesma história do desenho animado japonês venerado pela criançada na década de 70, e conta de maneira rápida e divertida a infância do garoto apaixonado por carros, circuitos e competições.
Speed (Emile Hirsch), como é chamado desde novo, cresce fascinado pelo ronco dos motores assistindo as vitórias de seu irmão mais velho, o ídolo e piloto Rex Racer (Scott Porter). Ele é quem iniciou o jovem prodígio nos volantes, que foi cada vez mais tomando gosto - e jeito - pelo dirigir nas altas rotações. Porém, o menino vê seu grande irmão sumir misteriosamente numa perigosa prova de rali.
O tempo passa e, apesar de toda a tristeza que fica no ar, Speed resolve seguir, sem dúvidas, os rastros deixados por Rex. Para isso, ele conta com a força da sua unida família formada por Pops (John Goodman), pai e fundador do próprio time; da sua dedicada e companheira mãe (Susan Sarandon); do novo caçula carinhosamente chamado de Gorducho (Paulie Litt) e seu macaco de estimação Zequinha; da namorada desde os tempos de infância Trixie (Christina Ricci); do amigo e mecânico Sparky (Kick Gurry) e, claro, do protagonista Match 5, seu famoso carro.
Durante o belo filme de cenas borradas, misturadas e coloridas, cada personagem dessa equipe vai mostrando seu papel e envolvendo-se numa boa trama típica de filme infanto-juvenil. Antes que perguntem, o longa-metragem, apesar de fidedigno à história, não se trata de um desenho animado como nos bons tempos. Mas também não é apenas um filme: é uma arte de fundir as duas categorias.
E não tinha como ser diferente, já que esse delírio visual foi dirigido e produzido por nada mais nada menos que os célebres irmãos Wachowski, os criadores da trilogia Matrix. Eles conseguem fazer com que o filme, que se passa quase integralmente dentro de estúdio, garanta, além de gostosas risadas, emoção e sensibilidade.
Os amantes de efeitos especiais, carros ou até de boas histórias despretensiosas (com direito à lição de valores para as crianças), mesmo se não acompanharam o desenho original, e independentemente da idade, podem ir até os cinemas (é um típico filme para se apreciar nas telas grandes!) e divertir-se com os pulos e ultrapassagens de Speed Racer, o misterioso e mascarado Corredor X (Matthew Fox) e os vilões vigaristas que não dão sossego aos bons pilotos.
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