quarta-feira, junho 25, 2008

Vai “Speed Racer” vai!

Aventura, esta é a categoria dada ao filme do garotinho veloz. E eu diria que geralmente esse é um termo bem genérico ao se classificar um filme. Mas, ao falar de Speed Racer, nada mais sensato. São mais de duas horas que passam voando em frente à tela com uma boa dose de ação.

O enredo surge da mesma história do desenho animado japonês venerado pela criançada na década de 70, e conta de maneira rápida e divertida a infância do garoto apaixonado por carros, circuitos e competições.

Speed (Emile Hirsch), como é chamado desde novo, cresce fascinado pelo ronco dos motores assistindo as vitórias de seu irmão mais velho, o ídolo e piloto Rex Racer (Scott Porter). Ele é quem iniciou o jovem prodígio nos volantes, que foi cada vez mais tomando gosto - e jeito - pelo dirigir nas altas rotações. Porém, o menino vê seu grande irmão sumir misteriosamente numa perigosa prova de rali.

O tempo passa e, apesar de toda a tristeza que fica no ar, Speed resolve seguir, sem dúvidas, os rastros deixados por Rex. Para isso, ele conta com a força da sua unida família formada por Pops (John Goodman), pai e fundador do próprio time; da sua dedicada e companheira mãe (Susan Sarandon); do novo caçula carinhosamente chamado de Gorducho (Paulie Litt) e seu macaco de estimação Zequinha; da namorada desde os tempos de infância Trixie (Christina Ricci); do amigo e mecânico Sparky (Kick Gurry) e, claro, do protagonista Match 5, seu famoso carro.

Durante o belo filme de cenas borradas, misturadas e coloridas, cada personagem dessa equipe vai mostrando seu papel e envolvendo-se numa boa trama típica de filme infanto-juvenil. Antes que perguntem, o longa-metragem, apesar de fidedigno à história, não se trata de um desenho animado como nos bons tempos. Mas também não é apenas um filme: é uma arte de fundir as duas categorias.

E não tinha como ser diferente, já que esse delírio visual foi dirigido e produzido por nada mais nada menos que os célebres irmãos Wachowski, os criadores da trilogia Matrix. Eles conseguem fazer com que o filme, que se passa quase integralmente dentro de estúdio, garanta, além de gostosas risadas, emoção e sensibilidade.

Os amantes de efeitos especiais, carros ou até de boas histórias despretensiosas (com direito à lição de valores para as crianças), mesmo se não acompanharam o desenho original, e independentemente da idade, podem ir até os cinemas (é um típico filme para se apreciar nas telas grandes!) e divertir-se com os pulos e ultrapassagens de Speed Racer, o misterioso e mascarado Corredor X (Matthew Fox) e os vilões vigaristas que não dão sossego aos bons pilotos.

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Mp3 da vez: Outkast - Roses

quinta-feira, junho 12, 2008

Só carrinhos sós na chuva

Dia de noite.
Noite de silêncio.
Silêncio de solidão.
Solidão de abandono.
Abandono de desapreço.
Desapreço de pressa.
Pressa de precipitação.
Precipitação de partir.

Partir d'aqui.


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Mp3 da vez: Chico César - Se Você Viajar

domingo, junho 01, 2008

Toda história tem dois lados (já o papel..)

Às vezes eu penso que os caras com mais visão de comércio, dinheiro e capitalismo, de todos os tempos, são os proprietários de empresas e indústrias de papel-higiênico. Eles simplesmente produzem uma mercadoria que tem demanda infinita. Imagina quantas pessoas vão ao banheiro por dia?

E é algo que não tem escapatória. Quem senta na privada, inevitavelmente vai precisar dele. Mas, empresários do meu Brasil, mesmo com tamanha sabedoria, ouçam um humilde conselho meu! Se quiserem ficar ainda mais ricos, e terem ainda mais mercado, escolham dois lugares para centralizarem suas matrizes mundiais: Brasília e Eua - vocês sabem, lá tem gente fazendo M o tempo todo.

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Mp3 da vez: O Rappa - Ninguém Regula A América [ao vivo - particip. Sepultura]